Ao longo da história da humanidade, a medicina evoluiu e se tornou um ponto de descobertas e inovações, que podem impactar diretamente a saúde das pessoas. Desde os primórdios, nas eras primitivas, até os dias atuais, a medicina anda lado a lado com a tecnologia, para diagnosticar e tratar doenças.
Uma das tecnologias mais faladas no dia de hoje é a Inteligência Artificial (IA). Muito por conta da popularização da ferramenta Chat GPT, que, com uso da IA, produz conteúdo escrito, a partir da orientação do usuário. Esse conteúdo pode ser uma receita de pão de queijo, ou um roteiro para um vídeo, por exemplo.
Por isso, muito se questiona em como essa tecnologia pode impactar a medicina e ser usada pelos profissionais da saúde? É importante lembrar que a Inteligência Artificial não irá tomar o lugar do médico, ele atuará como um assistente do médico.
Antes de tudo, vamos te contextualizar sobre como começou a inteligência artificial.
História
A inteligência artificial começou com o matemático Britânico Alan Turing, em 1936. Ele criou uma ferramenta, batizada de “Máquina de Turing”. O dispositivo tinha a capacidade de executar alguns pequenos processos cognitivos, desde que os comandos fossem feitos em pequenas etapas.
Apenas cerca de 20 anos depois da criação de Turing que o termo “Inteligência Artificial” foi designado para essa função. Mas falando da área da medicina, a IA começou a ser utilizada em 1972, pelo médico e cientista da computação Ted Shortliffe. Ele criou um sistema para ajudar a realizar o diagnóstico de doenças.
Dito isso, é um fato que a Inteligência Artificial já está na medicina há algum tempo. Hoje em dia, por exemplo, a IA contribui nas seguintes áreas:
– Sistemas de Cirurgia Robótica: permitindo procedimentos mais precisos, menos invasivos e com menores taxas de complicações.
– Diagnóstico por Imagem: algoritmos de machine learning podem analisar imagens médicas, como radiografias e tomografias, para auxiliar na detecção e classificação de doenças.
– Dispositivos Vestíveis: dispositivos vestíveis como smartwatches e monitores de saúde tem essa tecnologia. Eles coletam dados vitais em tempo real, como batimentos cardíacos e pressão arterial, e fornecem insights para prevenção e/ou monitoramento de doenças.
Uso nos dias atuais
A Inteligência Artificial na medicina foi desenvolvida para integrar a capacidade computacional para analisar dados. A partir do treinamento da ferramenta, é possível que a IA identifique doenças, ou indique pontos de atenção, para possíveis doenças.
Atualmente, sistemas de IA, como Paige.AI e Google DeepMind, demonstraram uma capacidade notável de analisar grandes volumes de dados médicos, oferecendo diagnósticos precisos e sugestões de tratamento.
Por exemplo, o Paige.AI utiliza a tecnologia da AI baseada em padrões já apreendidos pela ferramenta, para identificar amostras de tecido que podem indicar a presença de câncer ou outras doenças.
Da mesma forma, o projeto Google DeepMind também desenvolveu uma ferramenta de IA capaz de analisar dados, mas voltados para exames oculares, para diagnosticar doenças com precisão.
Agora que já falamos um pouco da Inteligência Artificial e de ferramentas desenvolvidas com elas na medicina, vamos à parte prática, de como essa tecnologia pode ajudar sua clínica.
A Inteligência Artificial vista pelos médicos
Não podemos falar sobre como a inteligência artificial pode influenciar nas clínicas, sem ouvir quem de fato está à frente do negócio. Por isso procuramos a Dra. Márcia Alvernaz, diretora clínica da Integrative, uma das clínicas mais conceituadas do país em terapias nutricionais injetáveis.
Segundo a médica, a Inteligência Artificial tem alguns benefícios práticos como a agilidade no desenvolvimento de medicamentos e capacidade de processamento de grandes volumes de informação.
“A Inteligência Artificial oferece diversos benefícios práticos para uma clínica, tais como a agilidade no desenvolvimento de medicamentos, redução de custos, facilitação do atendimento aos pacientes por meio de chatbots, capacidade de processamento de grande volume de informações para tomada de decisões clínicas e previsão de novas consultas , entre outros. A implementação da IA na medicina traz mais foco nas relações humanas”, afirma a Dra. Márcia.
Conforme a doutora, a Inteligência Artificial pode ser muito útil, apesar de ser uma tecnologia que vem se popularizando, ela tem muito a ser estudada e aprimorada.
E como já dito, a IA não tomará o lugar do médico. Pelo contrário, ela poderá auxiliar ele no consultório para que o mesmo tenha agilidade, aliada a precisão.
Impacto na Relação Médico-Paciente
A introdução da IA no campo da medicina tem redefinido a tradicional relação médico-paciente. Historicamente, essa relação era considerada forte pelo “poder” de diagnóstico do médico, em relação à visão direta do paciente.
É verdade que esse fator já vinha mudando há algum tempo, principalmente com a evolução tecnológica em relação a exames. Hoje temos uma gama de exames que são extremamente confiáveis e mais precisos que outrora.
Agora, os médicos têm ao seu dispor ferramentas que podem diagnosticar condições complexas com precisão, muitas vezes além das capacidades humanas. Essa pode ser a contribuição da Inteligência Artificial.
Na medicina sabemos que a rapidez no diagnóstico pode determinar a saúde do paciente e até a forma que será feito o tratamento. Em alguns dos casos, essa rapidez pode, inclusive, garantir a vida do paciente.
Por isso, a Inteligência Artificial pode ajudar na velocidade desse diagnóstico. Realizando uma análise de forma rápida sobre exames (em alguns casos até em tempo real), ou até mesmo, por meio da anamnese, indicar possíveis causas e quais podem ser as abordagens.
Muitos médicos pensam que essa ferramenta pode tomar seus lugares e acabar com a necessidade de ter um médico, para executar um diagnóstico. Ao contrário do que pode ser imaginado, o diagnóstico continuará sendo feito pelo médico. Nada melhor que um profissional extremamente capacitado, como um médico, para realizar um diagnóstico. Com a IA, ele ganhará tempo.
Imagine que o médico receba um exame com um relatório da IA sobre possíveis diagnósticos ou então com pontos de atenção obtidos no exame. O médico, ao invés de pensar no que ele deve analisar, já vai direto aos pontos indicados no relatório e pode confirmar se as informações coincidem com as opções de diagnóstico, ou não. Caso sim, ele pode seguir por esse caminho, porém, se a resposta for não, ele já pode rapidamente mudar de perspectiva e seguir por outro caminho.
Como a IA pode ajudar na Medicina Integrativa e Terapias Injetáveis
Uma das dúvidas é a forma prática de como a IA poderá ajudar os médicos que atuam com a Medicina Integrativa e as Terapias injetáveis. Ninguém com mais propriedade para falar do que a Dra. Márcia Alvernaz.
Segundo a médica, a Inteligência Artificial pode ajudar na Medicina Integrativa e nos tratamentos nutricionais injetáveis de diversas maneiras. Ela pode contribuir para a análise de grandes volumes de dados médicos e nutricionais, auxiliando na identificação de padrões e na personalização de tratamentos para cada paciente.
Conforme a Dra, a tecnologia pode aprimorar diagnósticos e monitorar o acompanhamento dos pacientes. “Além disso, a IA pode ser utilizada para aprimorar diagnósticos, prever possíveis complicações e interações medicamentosas, bem como otimizar o monitoramento e acompanhamento dos pacientes”.
E é nessa ideia que a IA pode ser fundamental. A capacidade de analisar uma grande quantidade de conteúdo de forma rápida, indicando pontos que devem ser observados pelos médicos.
Inteligência Artificial e a Telemedicina
Nós sabemos que a Telemedicina tem crescido e ganhado espaço no cenário do cuidado à saúde, principalmente após a pandemia de Covid-19. E ela também pode se beneficiar da Inteligência Artificial.
Com sistemas de IA, é possível fornecer diagnósticos e consultas de alta qualidade a pacientes em locais remotos. Fazendo a mesma análise, com dados de exame, a possibilidade de ter um diagnóstico de qualidade é a mesma de uma consulta no consultório.
Esse formato utilizaria o grande ponto forte da Inteligência Artificial, de analisar dados e indicar pontos de atenção ou doenças. Com o avanço da telemedicina, inclusive nos softwares (um exemplo é o da Support Health), o médico consegue atender o paciente e ter acesso ao sistema.
Além disso, a IA está facilitando o monitoramento de pacientes crônicos em casa, usando dados de dispositivos vestíveis para ajustar tratamentos e alertar médicos sobre quaisquer complicações potenciais.
Isso não só melhora o acesso a cuidados especializados, mas também promove a autonomia do paciente e a gestão proativa de sua própria saúde. Assim, o médico pode pode ir personalizando o tratamento, adaptando alimentação e medicação, por exemplo, de acordo com a necessidade. Dessa forma, o tratamento realmente se torna extremamente personalizado.
Desafios e Críticas ao Uso da Inteligência Artificial na Saúde
Apesar dos pontos positivos, a utilização da Inteligência Artificial na medicina tem seus desafios. Uma das principais preocupações é a dependência excessiva de tecnologia, que pode levar a um enfraquecimento das habilidades de diagnóstico clínico.
Apesar de ser muito positivo o uso da IA, é preciso ter muito cuidado, para que o diagnóstico sempre seja acompanhado de um senso crítico. Apesar da ferramenta ser confiável, é fundamental que o médico tenha a última decisão e use seu senso crítico excelente, para tomar a melhor decisão, pensando no bem do paciente.
Pensando nisso, a OMS criou uma série de diretrizes para o uso dessa tecnologia na medicina, garantindo a segurança, tanto de pacientes, quanto dos médicos. Como toda novidade, ela primeiro precisa ser usada com cuidado, para que os envolvidos se acostumem e aprendam.
Além disso, o próprio período de adaptação é importante para a própria Inteligência Artificial. Isso devido a essa ferramenta aprender com quem a comanda, quais as necessidades. Ou seja, à medida que ele entender o que o médico ou sua equipe quer, é possível que a ferramenta entenda e possa aperfeiçoar suas ações.
Outro ponto extremamente importante é a confidencialidade dos dados do paciente. Com o uso da tecnologia, é fundamental que a clínica tenha um software capaz de estar em acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Com a coleta e o armazenamento de grandes quantidades de dados médicos, há um risco inerente de violação de privacidade e uso indevido de informações sensíveis. Embora sistemas como prontuários médicos eletrônicos ofereçam vantagens significativas em termos de acessibilidade e eficiência, eles também apresentam riscos de segurança que devem ser meticulosamente gerenciados.
Inteligência Artificial na Support Health
Na Support Health nós temos a premissa da inovação. Por isso, há algum tempo o nosso time de tecnologia vem trabalhando para desenvolver a Inteligência Artificial no software. Depois de muito trabalho conseguimos.
A nossa plataforma conta com Inteligência Artificial para ajudar o médico e sua equipe. Em nosso software temos duas funcionalidades que utilizam da IA, a anamnese e a dieta. Tudo para que o profissional da saúde ganhe tempo e tenha agilidade nas atividades.
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