Quando o dono de uma clínica de injetáveis se preocupa com o descarte correto do lixo hospitalar, ele não está apenas seguindo as obrigações da lei, mas também contribui para um crescimento sustentável.
Esse fator se torna ainda mais importante, porque de acordo com os dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a produção de lixo hospitalar no Brasil aumentou em 20% durante a pandemia.
Neste artigo, abordaremos as classificações e a melhor maneira de dar um fim correto ao lixo hospitalar, a fim de ajudar a compreender e realizar o descarte adequado.
Importância do descarte correto do lixo hospitalar
Com o objetivo de diminuir a produção de lixo hospitalar e garantir um descarte correto, o Ministério da Saúde criou o Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
Todas as clínicas e hospitais precisam seguir o PGRSS para funcionar, além de utilização de um documento seguindo os critérios da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os órgãos responsáveis penalizarão as empresas que se negarem a realizar esse processo, podendo interditá-las totalmente em alguns casos.
O ponto mais importante, por sua vez, não está relacionado às possíveis punições para sua clínica, mas sim, com a proteção da saúde dos trabalhadores, comunidades e meio ambiente que poderão sofrer futuramente com o descaso no destino dos resíduos.
Tipos de lixo hospitalar
Para entender melhor a destinação adequada, é importante salientar que existem diversas categorias, cada uma com sua própria característica. Confira abaixo cada uma delas.
Grupo A: Essa categoria é composta por resíduos que contenham agentes biológicos, ou seja, sangue, secreções e objetos perfurocortantes. Vale ressaltar, que os resíduos sólidos do grupo A, não são reciclados.
Essa categoria é subdividida em A1, A2, A3, A4, A5.
A1: resíduos biológicos utilizados em atividade de ensino, pesquisa, incluindo microrganismos, vacinas e amostras laboratoriais.
A2: Carcaças e resíduos de animais, que passaram por experimentação com microrganismos ou riscos de disseminação.
A3: Peças anatômicas humanas, sem valor científico, com baixo peso ou idade gestacional, sem requisição do paciente ou familiares.
A4: Resíduos de assistência à saúde, como kit de linhas arteriais, filtros de ar e resíduos de procedimentos cirúrgicos.
A5: Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade, assim definidos por órgãos sanitários de casos confirmados ou suspeitos.
Grupo B: Nesse caso, são classificados materiais químicos que contenham substâncias com risco para a saúde pública ou para o meio ambiente. Isso inclui medicamentos vencidos, produtos interditados e contaminados.
Grupo C: Nesse grupo são enquadrados os resíduos nucleares, que contenham radionuclídeos, originado de serviços como radioterapia e em algumas análises clínicas. Itens de outros grupos podem ser enquadrados como grupo C, caso estejam contaminados com esses produtos.
Grupo D: Resíduos comuns, ou seja, que não apresentam riscos químicos, biológicos e radioativos. Os exemplos são papel de uso sanitário, fraldas, absorventes, peças de vestuário descartáveis e restos de alimentos.
Grupo E: Nessa categoria estão os materiais perfurocortantes, como lâminas, agulhas e utensílios de vidro quebrados em laboratório. Vale ressaltar, que os resíduos pertencentes a esse grupo, podem ser enquadrados em outras categorias caso estejam contaminados por elas.
Como descartar o lixo hospitalar
Agora que você já conhece todas as categorias de lixo hospitalar, poderá entender melhor a maneira correta de descartar cada um dos grupos.
Grupo A: os itens classificados, precisam ser colocados em sacos plásticos nas cores, vermelho ou branco e a devem ser capazes de evitar vazamentos. Alguns materiais mais perigosos, podem ser submetidos a pré-tratamento antes do descarte.
Grupo B: os resíduos químicos devem ser armazenados em dispositivos sólidos e herméticos, que devem ser preenchidos até sua capacidade máxima. É importante avaliar as compatibilidades das substâncias para evitar reações que possam provocar acidentes.
Grupo C: os resíduos radioativos, precisam seguir as diretrizes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), já que são altamente prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana. Nesse caso, se torna necessário o contato com profissionais especializados para a coleta e armazenamento dos materiais.
Grupo D: por serem materiais simples, eles passam pelo regime de separação e descarte tradicional, separado por lixeiras identificadas com as cores de cada material.
Grupo E: para finalizar, este grupo apresenta os materiais cortantes e perfurantes, sendo necessário armazená-los em recipientes resistentes a furos e vazamentos, que precisam contar com o símbolo internacional de lixo biológico.
Realizar o descarte correto do lixo hospitalar, é uma tarefa extremamente importante. As clínicas não podem simplesmente jogar no lixo esse tipo de produto, pois além de provocarem sérios problemas burocráticos, ainda prejudicam muito o meio ambiente e a saúde de quem realiza a coleta.
Ficou com alguma dúvida ao longo do texto? Comente abaixo, será um prazer te ajudar!
Fale com a Support Health
A Support Health oferece um software completo para gestão de clínicas injetáveis, com diversos recursos que irão te ajudar a implementar e facilitar a nutrologia em sua clínica. Com essa solução, os médicos podem entregar mais qualidade e bem-estar aos seus pacientes.
Para implementar essa solução agora mesmo em sua clínica fale com um consultor!