Estamos vivendo a era da tecnologia e a cada dia uma nova ferramenta ou um novo equipamento é desenvolvido. Desde o começo do atual século, o mundo tem se transformado de forma rápida, e com a medicina não é diferente. Esse campo, inclusive, muitas das vezes é o precursor dessa evolução tecnológica para cuidar do bem mais precioso, a vida.
Com a evolução tecnológica, aumentaram as possibilidades para cuidar da saúde e surgiu a telemedicina. Quando citamos esse termo, rapidamente o que vem na cabeça pode ser a teleconsulta, mas essa é apenas uma das ferramentas.
A telemedicina é a utilização de várias ferramentas para cuidar do paciente de forma remota. Pode-se entender como telemedicina, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), “a oferta de serviços relacionados à saúde, onde a distância é um fator crucial”.
O recurso da telemedicina ganhou espaço e notoriedade nos últimos anos, principalmente num momento delicado do mundo, a pandemia de Covid-19. Com milhões de pessoas sem sair de casa durante esse período, para minimizar a propagação do vírus, a teleconsulta fez com que médicos chegassem até seus pacientes.
Mas se engana quem acredita que a telemedicina vem dos tempos modernos, o começo foi bem antes dos anos 2000.
História
Para se falar da história, é importante entender o significado da palavra telemedicina. “Tele” vem do grego e significa distância. Dessa forma, “telemedicina” significa medicina à distância.
Há relatos de que o início da telemedicina foi na época da segunda guerra mundial. As primeiras redes de comunicação se iniciaram neste período e, durante os contatos, médicos eram consultados sobre quais ações tomar em relação aos soldados feridos. Esse pode ter sido o início.
Anos mais tarde, outro ponto importante da história da telemedicina ocorreu. Na década de 60, a NASA, Agência Espacial Americana, passou a utilizar esse método para monitorar seus astronautas, durante as atividades espaciais.
Depois dos anos 70, assim como ocorreu em várias áreas do mundo, a telemedicina evoluiu bastante, conforme a tecnologia também avançava. No Brasil, essa ferramenta começou a ser usada na década de 90, para transmissão de EGC simples, por uma empresa privada.
Foi somente nos anos 2000 que a telemedicina começou a ganhar espaço e, de pouco a pouco, com a popularização de equipamentos de comunicação como computadores, notebooks, celulares, entre outros.
Em 2002, por exemplo, foi criada a Fundação Brasileira de Telemedicina. De lá para cá, a telemedicina passou de alternativa para realidade, se solidificando durante a pandemia de Covid-19.
Acessibilidade e conveniência
Mas, de fato, como a telemedicina pode contribuir para a promoção da saúde e aumentar os cuidados? Vejamos pela seguinte perspectiva simplista.
Você tem um parente, que mora em outra cidade. Imagine que você não pode ir vê-lo constantemente. A internet possibilitou que vocês se comunicassem, mesmo estando a km de distância. Pensando dessa forma, o uso da telemedicina segue, basicamente, o mesmo sentido.
O uso da tecnologia permitiu atender pacientes a distância, mas não apenas isso. Hoje em dia é possível monitorar os pacientes com dados, que são inseridos pelos próprios pacientes ou dispositivos móveis.
Com a telemedicina ocorreu um aumento significativo no acesso aos cuidados de saúde, especialmente para pessoas com recursos limitados, que estejam em áreas remotas, longe dos centros médicos, ou mobilidade reduzida.
Os pacientes que sofrem de condições crônicas podem receber um acompanhamento mais próximo, sem ter que sair da própria casa.
Essa melhora na acessibilidade acontece, inclusive, de forma positiva para o médico. Novas portas foram abertas aos médicos, que são capazes de atender seus pacientes de forma remota, ou até mesmo novos pacientes.
Um exemplo é um médico especialista, que atua em uma região sem colegas de profissão com a mesma especialidade. Dessa forma, ele pode aumentar seu leque de atendimentos usando a telemedicina, para acompanhar os pacientes que moram em diferentes cidades da sua região.
Outro ponto é o profissional que atende pessoas de outros estados, sem sair da sua clínica e o paciente sem ter que ir ao consultório. Com isso, o que melhora é a eficiência na saúde, de modo geral. E esse é o nosso próximo assunto.
Eficiência na gestão de saúde
A telemedicina facilita a coordenação entre diferentes especialistas e prestadores de serviços de saúde. Através do uso de plataformas digitais, os médicos podem compartilhar informações sobre pacientes de maneira rápida e segura. Isso melhora a comunicação e a colaboração entre diferentes disciplinas.
Esse fator tem um impacto enorme, principalmente no tratamento integrativo, em que profissionais de diferentes áreas atuam em um tratamento completo do paciente. Além disso, pacientes que sofrem com múltiplas condições de saúde e precisam de tratar com diferentes profissionais, também se beneficiam.
– Integração de prontuários eletrônicos
Os prontuários eletrônicos são uma peça-chave na telemedicina, permitindo o armazenamento e acesso fácil a informações detalhadas do paciente. Esta integração de dados promove uma visão holística do histórico de saúde do paciente, melhorando a precisão dos diagnósticos e a eficácia dos tratamentos. Além disso, reduz a duplicação de testes e procedimentos, economizando tempo e recursos.
– Otimização do tempo dos profissionais de saúde
Com a telemedicina, os profissionais de saúde podem gerenciar seu tempo de maneira mais eficaz. Isso pode contribuir, inclusive para atendimento em horários específicos, fora do conhecido popularmente, horário comercial.
Consultas online frequentemente podem demandar menos tempo do que as presenciais, algo que não é uma regra. Assim, permitindo que os médicos atendam um maior número de pacientes.
Além disso, a telemedicina pode reduzir significativamente o tempo gasto em tarefas administrativas, como o gerenciamento de registros de pacientes e a coordenação de cuidados e até mesmo serviços financeiros, já que tudo é feito online.
Tecnologias emergentes
À medida que a telemedicina continua a evoluir, as tecnologias emergentes desempenham um papel crucial em moldar seu futuro, oferecendo novas oportunidades para melhorar a qualidade do atendimento e tornar os serviços de saúde mais acessíveis e eficientes. Aqui estão algumas das tecnologias emergentes mais promissoras na telemedicina:
A Inteligência Artificial (IA), por exemplo, pode contribuir. Essa tecnologia tem o potencial de transformar a telemedicina, oferecendo uma grande capacidade de analisar grandes volumes de dados. Dessa forma, utilizando de padrões é possível identificar doenças de forma mais rápida.
Outra vantagem que já há algum tempo pode contribuir para a telemedicina são os dispositivos wearable, como smartwatches. Através deles é possível coletar dados e monitorar a saúde em tempo real.
Alguns smartwatches têm a capacidade de rastreamento contínuo de indicadores vitais, como frequência cardíaca, níveis de oxigênio no sangue, e padrões de sono. E as informações coletadas podem ser compartilhadas.
Impacto da telemedicina na saúde pública
A telemedicina tem um impacto significativo na saúde pública. Apesar de, muitas vezes, ter um custo na implantação, a longo prazo é possível uma redução dos gastos. Isso acontece através da diminuição da necessidade de consultas presenciais, que frequentemente requerem mais recursos e tempo.
Além disso, a telemedicina pode reduzir a incidência de visitas desnecessárias ao pronto-socorro e hospitalizações, resultando em economias substanciais para os sistemas de saúde.
– Gerenciamento de Doenças Crônicas
Outro fator importante é que a telemedicina oferece um monitoramento contínuo e pode facilitar o acompanhamento de pacientes acometidos por doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas.
Essas pessoas podem ter um acompanhamento mais aprofundado, principalmente no quesito de monitoramento. Um exemplo são os dispositivos vestíveis, como os smartwatches.
Com o avanço da tecnologia, esses dispositivos podem ajudar na obtenção de dados, através. Por exemplo, em caso de análise de batimentos cardíacos que aumentam repentinamente, é possível que eles indiquem alguma ação a tomar, ou até mesmo, avise um responsável, por segurança.
Outro caso é do paciente com diabetes. Com a telemedicina, é possível facilitar o monitoramento contínuo dos níveis de glicose no sangue e a comunicação efetiva desses dados ao profissional de saúde responsável.
Isso não apenas ajuda a monitorar, mas também adaptar pontos do tratamento, como medicação, dieta e atividade física, por exemplo. Essa ação cria, de fato, um tratamento personalizado.
Impacto na saúde mental
Além das doenças físicas, a telemedicina pode contribuir, e muito, no âmbito da saúde mental. Dessa forma, os serviços dessa área podem ser desenvolvidos de uma forma mais ágil e, em alguns casos, até mais discreto, dando mais tranquilidade para os pacientes buscarem tratamentos.
Um exemplo são as teleconsultas, em que o paciente pode ter uma consulta com um psicólogo, sem ter que sair de casa. Dessa forma ele ganha em comodidade e o próprio médico, em alguns casos, pode atender também de casa.
Além disso, essa ferramenta pode ser usada em um caso de emergência. Imagine que o paciente está tendo alguma crise de ansiedade ou sofre uma situação de impacto que pode desencadear um gatilho para uma crise.
Em casos assim, se ele fizer contato com o psicólogo e o mesmo tiver disponibilidade, em uma teleconsulta o profissional pode ajudar o paciente.
Telemedicina e as terapias nutricionais injetáveis
Um dos campos em que a telemedicina pode contribuir é o das terapias nutricionais injetáveis. Através da telemedicina, os médicos podem monitorar os efeitos dos tratamentos de forma precisa, mesmo à distância.
Esse acompanhamento pode ser feito, por exemplo, através de um software, por meio da teleconsulta. Dessa forma, o médico realiza a anamnese e tem todas as informações enquanto conversa com o paciente.
Isso beneficia o tratamento personalizado. O médico analisa os dados fornecidos e, através deles, consegue mensurar se o tratamento está dando resultado ou não. Com as informações, o profissional pode alterar o percurso do tratamento, acompanhando a evolução. Assim, a abordagem pode ser dinâmica e eficaz.
A telemedicina também funciona nos casos de pacientes recém-operados, que não podem, ou não têm como ir ao médico. Assim, eles podem receber acompanhamento adequado, sem ter que sair de casa.
Desafios e limitações da telemedicina
Embora a telemedicina seja vista como um ponto positivo na medicina, ela enfrenta alguns desafios. E são deles que vamos falar agora, começando pelo acesso à tecnologia.
– Acesso
Um dos maiores desafios que podem ser enfrentados na telemedicina é o acesso à tecnologia. Pensando na realidade do Brasil, por exemplo, um país de tamanho continental, muitas regiões não têm a mesma condição de serviços dos centros urbanos. E não só isso, a realidade de uma região pode ser completamente diferente da outra.
Para que a telemedicina avance de forma mais rápida, é necessário que todos os pacientes tenham acesso às tecnologias de forma igual. O próprio crescimento da telemedicina, que ocorreu, principalmente em relação a pandemia de Covid-19, é observado numa visão macro do mundo. Em muitos países, isso pode ainda não ser uma realidade.
No Brasil, se pensarmos que boa parte da população usa o Sistema Único de Saúde (SUS), conseguimos ver que a tecnologia chega de forma fracionada, devido, principalmente, a esse setor ter apenas o recurso público, ou filantrópico, para investimentos.
Por isso, o aumento do uso de tecnologia pode ser vista, em sua maior parte, em planos de saúde, ou até mesmo clínicas e hospitais particulares.
– Resistência à mudança
A resistência à mudança também pode influenciar e ser um grande desafio. Uma coisa não podemos negar, o mundo está mudando a cada dia, principalmente nessa era da tecnologia. Por isso, a cada dia pode surgir uma nova tecnologia e estar atualizado demora algum tempo.
E adotar novas tecnologias, muitas das vezes, pode gerar uma resistência. E isso não é só em relação a profissionais da saúde ou clínicas e hospitais.
Às vezes a resistência é do próprio paciente, por vários fatores, como falta de familiaridade ou habilidades digitais, recursos escassos, a exemplo da qualidade da internet em áreas remotas.
– Limitação na avaliação clínica
Outro fator que pode ser desafiante é a limitação na avaliação clínica. Por conta de ser feita a distância, pode acabar limitando a capacidade dos profissionais de saúde de realizar avaliações clínicas, sem um exame físico direto.
Para isso, o médico deve ter uma ótima comunicação com o paciente, para saber orientar, caso seja necessário realizar algum movimento na anamnese.
– Dados e Segurança
À distância exige cada vez mais que os dados do paciente sejam salvos de forma correta, para que o médico e sua equipe tenham acesso. Isso garante que o paciente, mesmo atendido de forma remota, tenha qualidade no serviço.
Outra preocupação que existe com a telemedicina é como deve ser feito o armazenamento de dados. Por isso existe a Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD. Ela regulamenta como deve ser a utilização dos dados.
Tenha em mãos a melhor ferramenta
Por conta dos desafios, atuar com um sistema completo como o da Support Health é fundamental. Pensando em dar ao médico a capacidade de atender seu paciente da melhor forma possível, mesmo remotamente, desenvolvemos um software englobando um prontuário eletrônico completo e um sistema de gestão eficiente.
Com a nossa plataforma você tem uma ferramenta completa. Uma das vantagens é a de realizar uma teleconsulta direto no software. Assim você tem acesso a todas funcionalidades e a imagem do paciente.
Imagine estar conversando com seu paciente e tendo acesso ao prontuário eletrônico, prescreve receitas e exames, monta planos de tratamentos, e muito mais.
Outra vantagem é que, para que sua avaliação seja limitada, pela distância, você consegue enviar uma anamnese online ao paciente antes da teleconsulta. Dessa forma, ele responde o que está acontecendo e você tem um caminho a seguir, focado no problema do paciente.
Nosso software segue a LGPD e conta com a tecnologia da Amazon Web Services, uma das maiores do mundo e referência em segurança cibernética.
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